Quando eras mais pequenina…

A magia das horas que passamos a olhar uma para a outra, a trocar sorrisos silenciosos. As tuas mãos (zinhas) a tocarem na minha cara como que a descobrir todos os meus traços e a curiosidade com que me tocas no cabelo, nos brincos e nos óculos.
Os sorrisos ensonados com que nos presenteias todas as manhãs fazem destes dias chuvosos de Inverno mais quentes que o dia em que nasceste. Faz-me sentir a melhor mãe do mundo… imperfeita como toda a gente, mas a melhor…
Os meus 25 anos podem parecer poucos e inexperientes aos olhos dos mais velhos, mas para mim ser mãe não se aprende com a idade, aprende-se quando se é. E eu sou. Não mudei… continuo a mesma, mas agora sou mãe. Foi-me dado o papel principal deste enredo que é a vida… E faço por merece-lo… mas da minha forma, sou mãe à minha maneira (intensa, profunda, emocional)… Tudo o que vou aprendendo sobre ti, é contigo… Eu e o teu pai somos os teus mais fiéis discípulos bem como os teus professores mais dedicados e pacientes… ensinamos-te o que sabemos com a ajuda do amor desmesurado que sentimos um pelo outro e os dois por ti.

Como eu costumo dizer, “sou directora de um projecto em fase crescimento, ou seja … MÃE!”. É a minha principal profissão… qualquer outra que eu assuma será sempre um part-time de 8 horas diárias, porque ser mãe é a tempo inteiro e para a vida toda… é a ocupação mais bem remunerada do mundo… qualquer sorriso ou até mesmo um simples gesto vale mais que qualquer quantia.